Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

A Política somos nós

A Política somos nós

11.09.23

No âmbito da realização da cimeira do G20 do próximo ano no Rio de Janeiro, e da possível presença de Vladimir putin, o presidente brasileiro afirmou: "Posso dizer que se eu for presidente do Brasil e ele vier ao Brasil, não há nenhuma razão para ele ser preso".

No dia seguinte, o mesmo Lula, afirma : "Não sei se a Justiça brasileira o vai prender. Isso quem decide é a Justiça, não é o Governo".

O presidente lula, revela uma tendência para confundir as competências dos órgãos de soberania brasileiros.

Num dia, afirma que enquanto ele for presidente ninguém prenderá Vladimir putin se este se deslocar ao Brasil. No dia seguinte vem dizer que afinal isso é um problema da justiça brasileira e não do seu governo.

Para quem tem aspirações a conduzir o seu pais a um lugar permanente do conselho de segurança da ONU, revela uma falta de credibilidade assinalável.

Num país onde a ordem só existe na faxa da sua bendeira, não é verdadeiramente surpreendente que o seu presidente seja incapaz de colocar ordem nos seus discursos.

Não sei quem o presidente brasileiro pretende baralhar, já que para o mundo inteiro é muito clara a posição do governo brasileiro no que diz respeito à questão ucraniana.

Para ele,  a guerra na Ucrânia tem fácil resolução. O governo ucraniano abre mão dos seus territórios ocupados, reconhece a soberania russa sobre eles e assim obtém aquela coisa maravilhosa chamada paz.

Perde no entanto, parte da sua soberania, parte das suas riquezas naturais, perde a sua dignidade como povo e fica naturalmente exposto a futuras investidas russas no território que lhe restar.

Para quem não tem vergonha na cara, como é o caso de Lula da Silva, estas são condições perfeitamente aceitáveis.

Lula da Silva facilmente se baralha mas dificilmente conseguirá baralhar os outros.

29.10.22

Este domingo os brasileiros vão escolher o seu próximo presidente.

Bolsonaro é no seu conjunto como pessoa e como político, tão mau, que consegue juntar à volta da candidatura de Lula, pessoas que não se revêm nem na política do PT nem na personagem de Lula.

O grau de rejeição a Bolsonaro é tão grande que se traduz num sentimento entre a maioria da população brasileira que poderá ser traduzido na seguinte frase: “Todos menos ele”.

Todos os que apoiam Lula, uma percentagem daqueles que votaram na primeira volta noutros candidatos e uma percentagem daqueles que contribuirão para o elevado grau de abstenção, rejeitam absolutamente Bolsonaro.

Isto significa que se Lula vencer as eleições, este resultado deve-se mais a uma rejeição ao seu adversário do que uma aprovação a Lula.

O Brasil vive um momento da sua história onde o risco de comprometer o seu futuro e o seu desenvolvimento é elevadíssimo.

Por um lado, com a possível eleição de Lula, o país poderá novamente resvalar para um agravar do problema endémico nacional que é a corrupção. A incrementação da política intervencionista do estado na economia, fruto do dogma marxista bem presente na política ideológica do PT, é algo de que o Brasil não precisa, e um caminho que não deverá seguir – é uma receita comprovadamente perniciosa.

Por outro lado, com a reeleição de Bolsonaro, o Brasil para além de outros graves problemas, arrisca transformar-se num estado teocrata.

As inúmeras igrejas evangélicas que proliferam na sociedade brasileira, para além de serem a base de apoio a Bolsonaro, e mesmo em alguns casos, também apoiantes de Lula, são na sua essência, uma séria ameaça à democracia constituindo uma verdadeira doença social.

Chefiadas por um incontável número de bispos, meros orquestradores da manipulação e da falsidade, estas igrejas operam de uma forma perfeitamente mafiosa, já que a base da sua existência é assegurada pela extorsão de dinheiro sobre os seus fiéis, ou crentes, como lhes preferem chamar.

São hoje em dia, autênticos cofres fortes, repositórios de milhões de reais em forma de papel moeda, ou como os brasileiros costumam chamar: dinheiro vivo. Dinheiro que circula em canais restritos, completamente fora do sistema financeiro e que alicerça boa parte da economia paralela brasileira.

São organizações que compõem um dos maiores elos de corrupção no Brasil.

Donas de empresas de media, possuidoras de um vasto império imobiliário e com uma substancial representação em cargos públicos – esta gente, que entre promessas de vidas salvas do “diabo”, vende literalmente lotes no céu aos seus seguidores, garante de vida e moradia eterna ao lado do seu Senhor. Exercem um enorme e perigoso domínio sobre a mente e o bolso de dezenas de milhões de brasileiros.

Com a impossibilidade de ambos os candidatos saírem do seu canto extremado e inconsequente, neste domingo no Brasil, o “senhor” provavelmente vai abster-se, enquanto o “diabo” certamente vai escolher entre o mau e o menos bom.

26.09.22

Nas ruas de Teerão as mulheres queimam os seus véus.

A Federação Russa prepara-se para alargar as suas fronteiras à custa da criminosa anexação de territórios de um país soberano.

Desde a crise dos mísseis em Cuba, que a ameaça de um holocausto nuclear não era tão séria.

Os italianos, ou pelo menos parcela do seu eleitorado, elegeram um governo fascista.

As alterações climáticas seguem o seu curso natural com o nefasto contributo do ser humano. O mesmo que em vez de contribuir para o desagravamento das mesmas, faz exatamente o contrário e que em simultâneo incrementa exponencialmente um comportamento de todo irresponsável e insano em várias latitudes do planeta.

Definitivamente cozinhamos em lume vivo a receita do desastre. Mesmo os mais otimistas se questionam nos dias que correm: E para amanhã, o que teremos?

20.09.22

Agora que a senhora foi sepultada, e que descanse em paz, seria importante que o mundo se concentrasse de novo naquele assunto que aos olhos de muitos se tornou chato.

A expressão “guerra na Ucrânia” até parece que causa alguma urticária a certa opinião pública que instintivamente acabou por banalizar o assunto. Se Vladimir Putin proibiu a palavra "guerra", por cá, a palavra quase que incomoda.

O problema mesmo é o preço do gás para aquecer o inverno e o preço da energia para alimentar os Teslas. Os governos que encontrem soluções para este problema, mas por favor não chateiem mais com esse assunto da guerra.

Mais umas aldeias arrasadas pelos mísseis de Putin, mais umas dezenas de crianças mortas, ou mais uma valas comuns encontradas, já fazem parte da banalização que se faz da carnificina.

Quando o recuo das tropas russas for demasiado humilhante para a canalha que rodeia Vladimir Putin e ele próprio recear pelo seu lugar, talvez a guerra torne a ser mesmo guerra. Quando os meios militares convencionais do Kremlin derem provas definitivas da sua ineficácia, e o real perigo de uma escalada no que diz respeito aos meios envolvidos no conflito, aquele assunto chato que não abandonava as televisões, irá voltar a ser importante. Enquanto os obuses forem convencionais, é apenas chato.

Afinal não era só na guerra do saudoso Raul Solnado, que havia intervalos. Esta também está a ter um intervalo, mas é apenas televisivo. Para os distraídos e para os que o preferem ser, a mesma segue dentro de momentos. E o que vem aí não é nada auspicioso.

https://www.bing.com/videos/search?q=Raul+solnado&qpvt=Raul+solnado&view=detail&mid=CC4B5BA3A5354E8FA14BCC4B5BA3A5354E8FA14B&&FORM=VRDGAR

 

 

Mais sobre mim

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

Em destaque no SAPO Blogs
pub