11.09.23
No âmbito da realização da cimeira do G20 do próximo ano no Rio de Janeiro, e da possível presença de Vladimir putin, o presidente brasileiro afirmou: "Posso dizer que se eu for presidente do Brasil e ele vier ao Brasil, não há nenhuma razão para ele ser preso".
No dia seguinte, o mesmo Lula, afirma : "Não sei se a Justiça brasileira o vai prender. Isso quem decide é a Justiça, não é o Governo".
O presidente lula, revela uma tendência para confundir as competências dos órgãos de soberania brasileiros.
Num dia, afirma que enquanto ele for presidente ninguém prenderá Vladimir putin se este se deslocar ao Brasil. No dia seguinte vem dizer que afinal isso é um problema da justiça brasileira e não do seu governo.
Para quem tem aspirações a conduzir o seu pais a um lugar permanente do conselho de segurança da ONU, revela uma falta de credibilidade assinalável.
Num país onde a ordem só existe na faxa da sua bendeira, não é verdadeiramente surpreendente que o seu presidente seja incapaz de colocar ordem nos seus discursos.
Não sei quem o presidente brasileiro pretende baralhar, já que para o mundo inteiro é muito clara a posição do governo brasileiro no que diz respeito à questão ucraniana.
Para ele, a guerra na Ucrânia tem fácil resolução. O governo ucraniano abre mão dos seus territórios ocupados, reconhece a soberania russa sobre eles e assim obtém aquela coisa maravilhosa chamada paz.
Perde no entanto, parte da sua soberania, parte das suas riquezas naturais, perde a sua dignidade como povo e fica naturalmente exposto a futuras investidas russas no território que lhe restar.
Para quem não tem vergonha na cara, como é o caso de Lula da Silva, estas são condições perfeitamente aceitáveis.
Lula da Silva facilmente se baralha mas dificilmente conseguirá baralhar os outros.