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A Política somos nós

A Política somos nós

31.05.24

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Depois de EUA e Alemanha concordarem com o uso de armas ocidentais em ataques a território russo, Paulo Rangel veio afirmar que o governo português também concorda. Ontem ainda não tinha a certeza disso...

Resta saber se Portugal na pessoa do seu ministro dos negócios estrangeiros, concorda que os misseis americanos e alemães atingam o território russo, ou se apenas se trata das G3 portuguesas potencionalmente posicionadas mesmo mesmo na fronteira ucarniana/russa, que agora estarão prontas e autorizadas a serem disparadas.... Ridículo, no mínimo.

Se todos estiverem à espera que a maioria permita que os ucranianos sobrevivam, triste destino destino o deles.

18.05.24

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É desta forma que prefiro referir-me ao indivíduo : O “coiso”.

Proferir o seu nome seria contribuir para aquilo que ele mais procura : atenção.

Narcisista por natureza, tenta obstinadamente atenção e notoriedade.

Não se trata apenas de estratégia política, o homem é mesmo assim. 

Enumerar os seus defeitos obrigaria a intermináveis linhas de texto o que me conduz a eleger um adjetivo: Execrável.

É o execrável elemento que foi democraticamente eleito por cerca de 1 milhão de portugueses. A democracia tem destas coisas - permite a eleição daqueles que nunca serão democratas. Democracia não significa apenas o “governo do povo”, democracia significa essencialmente respeito - respeito pelo próximo. 

O elemento, mais os 49 que se sentam na casa da democracia não respeitam ninguém.

Desbocados são os poucos que no pouco tempo disponível têm direito à palavra. O que resta são apenas inaptos que por lá vão ficando, toscamente esbracejando e pateticamente rindo das alarvidades do querido líder.

Alega-se que têm que ser respeitados pois foram democraticamente eleitos. Respeitosamente os desprezo, não deixando democraticamente de os combater.

Ao contrário dos que se diz, os eleitores do partido do “coiso” não correspondem apenas a 1 milhão de portugueses insatisfeitos. 

O fenómeno da insatisfação em Portugal é velho de séculos. O “Velho do Restelo” é provavelmente o seu mais distinto representante. A insatisfação na sociedade portuguesa sempre esteve presente em todos os sectores. Existe sempre um português que está insatisfeito com alguma coisa. Até a mais bela revolução do século XX foi feita por portugueses insatisfeitos. Ainda bem que assim é.

Sem dúvida que entre estes eleitores existem muitos milhares de insatisfeitos, embora eu prefira chamar-lhes desiludidos, Nos regimes autocráticos não existe espaço para os desiludidos, existe apenas espaço para os resignados. Os desiludidos são transformados em oprimidos. Estes, fatidicamente terminam abruptamente os seus dias, algures num buraco fundo.

São os insatisfeitos com a imperfeição da democracia, com os defeitos dos políticos e em muitos casos com a triste vida que têm. Costuma-se dizer que quem está mal, muda-se - aqueles que mudam e obtêm sucesso, crescem - os que não conseguem mudar nem obter sucesso, tornam-se insatisfeitos crónicos e normalmente a culpa é sempre de alguém.

Para além dos insatisfeitos e dos desiludidos do partido do “coiso”, existem aqueles que são a profunda essência do ajuntamento que muitos chamam partido político - os partidos políticos são um dos pilares da democracia, como tal, aquilo não deve ser considerado um partido político.

Este grupo, não é mais nem menos do que a reminiscência - ou seja, aquilo que pode ser lembrado - são aqueles que se lembram, e sem dúvida com saudades, do tempo da outra senhora. Do tempo em que estávamos “orgulhosamente sós”, do tempo do império e dos desfiles de mão estendida, do tempo em que os pretos eram apenas isso, pretos, do tempo em que não havia funcionários, havia apenas criados, do tempo em que morrer nas selvas de Angola, de Moçambique e da Guiné era um orgulho patriótico.

Existe gente em Portugal que tem muitas saudades desses tempos. Esta gente que durante anos andou vergonhosamente escondida, disfarçados de democratas, - alguns até se intitulam, fundadores do regime democrático português, - encontrou o seu espaço no tal ajuntamento. São uma minoria que o tempo se encarregará definitivamente de enterrar. 

Os restantes, a maioria, são os mais ou menos jovens, insatisfeitos e revoltados.

Há dias, um deles disse-me que votou nestes, porque ou outros, disse ele : “já tiverem o seu tempo para roubar, agora era preciso dar uma oportunidade a outros”. Resultado da minha falta de perspicácia ou da sua inexperiência, fiquei sem saber se foi um voto para legitimar a continuação do roubo, agora em mãos diferentes, ou se realmente havia nas suas palavras um desejo de verdadeira mudança.

Cabe aos mais velhos e mais elucidados, instruir esta gente. A mudança só será bem vinda quando representar prosperidade, crescimento e tolerância. Esta “mudança” em que eles acreditam, significa apenas retrocesso, atraso e ódio.

 

25.04.24

O Povo que elege quem quer. O Povo que fala o que quer. O Povo que não entrega mais os seus filhos à guerra.

Hoje na Assembleia da República, cantou-se o “Grândola Vila Morena”, e não foram apenas as forças da esquerda e do centro esquerda que entoaram as palavras de Zeca Afonso. No centro direita, houve quem se juntasse à iniciativa, tornando assim evidente a unanimidade do espírito de Abril.

E na casa da Liberdade, a unanimidade só não foi completa porque 50 anos depois o fedor do salazarismo conspurca vergonhosamente essa casa.

A democracia é tão bela e tão especial que até permite eleger os não democratas.

Cabe-nos a nós instruir a futura geração de quão frágil é a democracia e quão importante é preservá-la e defendê-la.

O 25 de Abril foi há 50 anos, foi hoje e é já amanhã.

05.04.24

Com mais ou menos apoio dos EUA, a guerra na Ucrânia vai continuar por tempo indeterminado.

Com ataques ucranianos a território russo a mais de 1.000 km da fronteira, a expressão: "guerra na Ucrânia" deve ser substituída por "guerra DA Ucrânia".

Para desgosto dos putinistas, alguns presentes por aqui, a resistência ucraniana vai continuar.

A Rússia com este conflito meteu-se num embroglio muito pior do que foi a sua guerra no Afeganistão, e as consequências disso vão ser ainda mais graves.

Aqueles que azedam com o apoio da comunicação social e da sociedade portuguesa em geral à causa ucraniana vão continuar a azedar. A Ucrânia não foi decapitada em duas semanas. Entre avanços na guerra de trincheiras, a Rússia perdeu o controle absoluto do mar negro e o resultado foi que as exportações ucranianas fluem até aos seus destinos.

A Rússia é totalmente incapaz de alcançar o seu principal objectivo:

Controlar política ou militarmente a totalidade do estado ucraniano - caso contrário já o teria feito.

Incapaz de defender o seu próprio território de ataques internos e externos, vai continuar a definhar, exactamente como difinhou o império csarista e como definhou o império soviético.

Por cá, os azedados com as posições da nossa comunicação social, sempre podem migrar para o nordeste ucraniano - por lá conseguem apanhar o sinal das televisões russas, por enquanto....

25.02.24

Dois anos de guerra passados já não trazem mais surpresas.

Já não é surpresa a coragem e determinação do heróico povo ucraniano.

Já não é surpresa a capacidade de resistência do exército ucraniano, que apesar da inferioridade numérica nos efetivos e nos meios bélicos, conseguiu durante estes dois anos frustrar todos os grandes objetivos militares e políticos do regime do Kremlin.

Já não é surpresa a retórica cínica e mentirosa dos dirigentes russos.

Ninguém se sentirá surpreendido se a ofensiva russa se estender para além do Donbass ucraniano, ou mesmo para além das fronteiras da Ucrânia. 

Não causa surpresa que o regime criminoso russo não hesite em eliminar os seus opositores dentro e fora das fronteiras da Federação russa.

O regime russo já não consegue surpreender ninguém pois todo o mundo civilizado está convicto da perversidade de tal regime. Até o governo chinês olha com apreensão a possibilidade de uma vitória total da Federação russa no conflito na Ucrânia.

Ninguém se surpreende com o tipo de aliados do Kremlin - Coreia do Norte, Irão, Venezuela. Como diz o povo, “Diz-me com quem andas, te direi quem és”.

Nada disto me surpreende. O que unicamente me surpreende é a estupidez de algumas miseráveis mentes ocidentais, que por razões várias, apoiam o terrorista de estado, o criminoso internacional, Vladimir Putin.

Do conforto das suas salas, dos seus confortáveis sofás, dos cafés de bairro, até aos canais televisivos e blogues, não hesitam em apoiar a infâmia. 

Conhecemos as suas razões. Alergia a tudo o que é norte americano, - mesmo aos aspectos positivos - a tacanhez ideológica impede-os de reconhecer o que quer seja positivo no sistema político norte americano. Saudosismo bacoco da ex URSS - o credo ingénuo num sistema político falido e comprovadamente falhado, transformou a ingenuidade em estupidez. 

A verdadeira surpresa é a estupidez presente, quando em vez de legitimamente se discordar com certos aspectos das sociedades ocidentais e das democracias que as regem, se opte por ser cúmplice de regimes onde a possibilidade de se concordar com o que quer que seja é nula.

11.10.23

Um vento de discórdia e de conflito soprou no dia 14 de Maio de 1948, quando o sionista David Ben-Gurion proclamou a independência de Israel materializada na formação do Estado Judaico na região da Palestina.

O anseio do movimento sionista na criação deste Estado, foi realizado nesta data, embora a ideia de se estabelecer um território onde o povo Judeu tivesse oportunidade de viver em paz, garantindo a sua soberania e liberdade, já remontava a vários séculos.

Não se está longe da verdade quando se afirma que o povo judaico sempre foi, desde tempos imemoriais, um povo perseguido. Desde o século XIII até ao século XX que a diáspora deste povo foi resultado de um sentimento antissemita latente em toda a Europa Ocidental e de Leste.

A escolha da região da Palestina pelo  movimento sionista assentou no Antigo Testamente, onde segundo o mesmo, “...a Terra de Israel  é a região que foi prometida por Deus aos descendentes de Abraão através do seu filho Isaac e aos descendentes hebreus do seu neto Jacó. Diz a tradição hebraica que esta é a terra prometida de Israel…

Poderá ter sido uma escolha divina mas a escolha terrena não foi certamente a mais acertada.

Embora já existisse desde à séculos uma população judaica na região da palestina, a esmagadora maioria da população deste território era de origem árabe. O argumento sionista de que a integração dos judeus na sociedade cristã era impossível, levou à solução de integração dos judeus numa sociedade muçulmana.

Com o final da primeira grande guerra mundial, a Liga das Nações atribuiu ao Reino Unido o chamado “Mandato Britânico da Palestina” com a responsabilidade deste estabelecer, "…tais condições políticas, administrativas e econômicas para garantir o estabelecimento do lar nacional judaico, tal como previsto no preâmbulo e no desenvolvimento de instituições autônomas, e também para a salvaguarda dos direitos civis e religiosos de todos os habitantes da Palestina, sem distinção de raça e de religião… "

Dois anos depois do termo da segunda grande guerra, em 1947, a ONU elaborou um plano para a partição da região da Palestina, de onde nasceria um Estado judeu, um Estado árabe e onde a cidade de Jerusalém ficaria sob administração direta da organização.

Em 1947 Israel declara a sua independência, e na sequência, os seus vizinhos árabes em clara discordância com a referida partição, atacaram o recém formado país. Este conflito de um ano, ficou conhecido como a guerra da independência e resultou na fuga de centenas de milhares de árabes palestinos e na invasão da Faixa de Gaza pelo Egito e da Cisjordânia pela Transjordânia dando origem à Jordânia. Por parte de Israel, houve a conquista de cerca de 75% do território que estava destinado ao povo palestiniano, bem como  da parte ocidental de Jerusalém.

Enquanto isso, os britânicos retiraram-se, anulando assim o compromisso que assumiram de manter a ordem e a segurança na região. Foi um lavar de mãos…

A este conflito, outros lhe sucederam, e em cada um deles o Estado de Israel vem anexando sucessivos territórios e criando novos colonatos na Palestina completamente à revelia do direito internacional.

Hoje, numa faixa de terreno de poucas centenas de quilómetros quadrados vivem cerca de 2 milhões de palestinianos em condições totalmente deploráveis.

Independentemente das várias posições políticas, estes são os factos históricos. 

Depois de décadas de guerras e de barbaridades cometidas por ambos os lados, a situação atual não se resume simplesmente ao povo Judeu e ao povo Palestiniano.

Enquanto nos EUA não existir uma política genuinamente interessada e efectivamente empenhada na criação de um Estado Palestiniano, e por outro lado continuar a existir um regime fanático criminoso e patrocionador do terrorismo como é o presente regime Iraniano, nunca haverá paz no Médio Oriente.

Em cada agressão nasce mais uma vingança. Existe uma geração de Israelitas e Palestinianos que foi criada num ambiente e numa realidade de puro ódio. Trata-se de um ciclo vicioso de terror, opressão, agressão e morte. 

Apesar de haver entre estes dois povos um conjunto alargado de pessoas que deseja o fim das hostilidades e que sonha com uma convivência pacífica, existem setores em ambas as sociedades que radicalmente negam a existência mútua. 

A Palestina nem Estado é, a maioria da população vive aprisionada, desgraçada e refém de interesses maiores que vão muito para além da Faixa de Gaza.

Depois de mais esta cruel, hedionda e imperdoável barbaridade cometida pelo Hamas, segue-se a respetiva vingança do governo Israelita. O Ataque à Faixa de Gaza que já começou, vai ser certamente implacável e cruel.

Chegámos ao ponto onde vergonhosamente se estabelece uma macabra competição onde cada um dos lados procura ser vitorioso na contagem dos mortos do lado oposto.

Enquanto os EUA não abdicam de defender os seus interesses geopolíticos na região -  e para tal é fundamental garantir a existência do Estado de Israel - o Irão não desiste do seu projeto de criação do grande califado Xiita no Médio Oriente onde a existência de um estado Judaico não é sequer concebida.

Igualmente em Israel, existem correntes de opinião onde a existência do Estado Judaico só será plena quando as fronteiras do mesmo se estenderem das margens do rio Jordão até ao Mar Mediterrânico.

Enquanto tais radicalismos forem apoiados e suportados, o cidadão comum israelita e o cidadão comum palestiniano continuará a sofrer a ignomínia da guerra. 

Muito se irá escrever e falar sobre este eterno conflito. Creio que chegado ao ponto a que chegámos, uma palavra é suficiente: BASTA.

05.10.23

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Definitivamente este indivíduo não tem vergonha na cara.

Afirma que a Ucrânia não é uma nação porque é constituída por diversos povos.

Ou é completamente estúpido, ou a avença é grande.

Certamente é uma mistura das duas coisas.

11.07.23

Vladimir putin pode não ter amigos em Peniche, mas certamente tem um em Ancara.

De uma assentada, Recep Erdogăn afirmou que a Ucrânia merece entrar para a NATO, concordou com a adesão da Suécia à Aliança e garantiu a escolta turca dos navios mercantes no Mar Negro, caso o acordo dos cereais não seja renovado.

Poucos são aqueles que optam por fazer alianças - sejam elas mais ou menos explicitas - com os fracos, ou que se colocam do lado dos perdedores.

Cada vez fica mais claro que a federação russa, e particularmente o seu presidente, vão sair derrotadas desta alucinante aventura na Ucrânia.

Erdogăn  que tem vindo a trilhar um caminho em cima de um muro estreito, já vislumbrou qual o lado que mais lhe convém. Do lado dos perdedores não será com certeza.

Chegou a hora em que Vladimir Putin deixou de ser o dono absoluto das hostilidades. É a hora das mesmas lhe baterem à porta. 

Cabe aos aliados a tarefa de tornar essa hora mais curta.

08.07.23

Depois de ter chegado ao poder, Vladimir Putin começou a pôr em prática o seu plano para tornar a Ucrânia um estado vassalo da Federação Russa. 

O sucesso que obteve na Bielorussia, não se repetiu na Ucrânia. Usando inúmeros e infundados argumentos, perante a resistência ucraniana, fez então aquilo que os seus antepassados se habituaram a fazer - quem resiste e se opõe à vontade russa tem que ser subjugado.

Em 2014 o processo de subjugação começou com a invasão e anexação da Crimeia, território soberano do estado ucraniano. Seguiram-se as intervenções armadas no Donbass ucraniano onde a estratégia foi a instigação ao conflito entre as comunidades residentes, as operações de sabotagem, o armamento de milícias e o recrutamento de mercenários. O objectivo era desestabilizar toda a região.

Na presença de diferentes opiniões e de desentendimentos entre a população russófona pró-russa e a restante população apoiante do governo de Kiev, a opção não foi o apaziguamento nem a procura de consensos. Em vez disso, a conspiração e a provocação foram o rastilho para inflamar o conflito.

Diante da resistência ucraniana, Vladimir Putin dá então o grande salto em frente e em 24 de Fevereiro de 2022 ordena a invasão em larga escala da Ucrânia.

Passados 500 dias, a Ucrânia e os ucranianos continuam a resistir.

Perante o respeito e admiração de alguns e a desilusão e até desespero de outros, a Ucrânia resiste.

Entre os desiludidos e os desesperados, encontram-se alguns comentadores políticos que mal disfarçam a sua simpatia pelo regime do Kremlin e certas patentes militares que destilam subserviência ao mesmo regime.

O último registo desta tendência foi mais uma intervenção do general Branco. Este senhor mostrou-se muito indignado com a aprovação americana para o fornecimento ao exército ucraniano de bombas de fragmentação.

Nas suas palavras, esta decisão constitui a abertura da caixa de pandora neste conflito.

O general anda muito distraído pois esta caixa já está aberta há muito tempo. Para além do facto de estas armas já terem sido utilizadas pelo exército russo em várias cidades ucranianas provocando milhares de vítimas civis, são factos igualmente comprovados que a sua utilização foi uma realidade nas guerras iniciadas pelos russos na Tchetchênia e particularmente pela devastação levada a cabo pelos mesmos russos na cidade de Aleppo na Síria.

Por essa altura poucos conheciam este general, não aparecia nas televisões - de guarda à dita caixa não estava com certeza - se o estivesse, talvez dezenas de milhares de civis sírios não tivessem sido chacinados.

Esta distração deste nosso general deve-se somente à trela ideológica que carrega, e que sem pudor ostenta livremente nas televisões. 

O desespero que atribuem aos ucranianos por estes pretenderem usar estas armas para conseguirem expulsar o invasor da sua terra, é na verdade atribuível àqueles que não suportam vislumbrar o cenário onde Putin e o seu gangue de assassinos saiam da Ucrânia completamente derrotados e sem um palmo de terra ucraniana.

17.06.23

O glorioso exército vermelho, responsável pela derrota nazi no leste europeu durante a segunda grande guerra mundial, está a ser convertido num enorme gangue de assassinos, de violadores e de simples ladrões.

Perante uma elite rica e poderosa que sustenta o corrupto e mafioso estado russo, Vladimir Putin não ousa lançar nos campos de batalha da Ucrânia, a fina flor da juventude de cidades russas como Moscovo e São Petersburgo.

A inimaginável solução passa então por esvaziar as prisões russas e fardar a bandidagem com promessas monetárias e de perdão pelos crimes cometidos.

Para além da execrável estratégia, sobra o verdadeiro atentado ao estado de direito russo, que deste modo torna-se verdadeiramente inóculo. 

Para o povo russo, trata-se certamente de uma excelente medida. Para além de proporcionar uma oportunidade de redenção dos criminosos, será também uma forma de se livrarem daquilo que pior existe na sua sociedade. 

Por cá, nem uma palavra condenatória por parte de algumas altas patentes militares, das quais basta ouvir a primeira frase para podermos concluir sobre a origem da avença. São sempre os mesmos, perfeitamente identificáveis, manifestamente patéticos e totalmente desprezíveis. Há que dar espaço ao contraditório. É assim que funcionam os regimes democráticos. A exposição daquilo que não presta, permite sempre tirar conclusões, a primeira das quais, é com certeza evitar a referida exposição.

É esta mesma gente que apoia a destruição da soberania ucraniana em nome da salvação da face do carniceiro do Kremlin.

Todos somos livres de pensamento e de consciência para acreditar que a solução para este conflito reside na negociação com Putin.

Eu, contrariamente, rejeito qualquer tipo de negociação com criminosos de guerra, terroristas e mentirosos incuráveis. A única solução, o incontornável desfecho desta crise bem presente nas nossas fronteiras, é invariavelmente a total derrota da Federação Russa na guerra que por ela foi planeada, fomentada e levada à prática - apesar da mentira intrínseca ao batizá-la como operação militar especial.

Depois de Putin outros virão, melhores ou piores. Com eles lidaremos assim como lidámos com Hitler e Mussolini. 

A sua retórica nuclear e de quem o rodeia, apesar de preocupante, funciona mais como ameaçadora do que executora. Além disso, é importante considerar que a classe militar da Federação Russa é tudo menos homogênea, e muito menos uniforme no que diz respeito à sua atuação. Acreditar que o poder nuclear é exclusividade do dedo de Putin, é um erro.

Na verdade, Putin quer ficar na história como o líder que restaurou o império russo, e não como aquele que foi responsável pela aniquilação nuclear do mesmo.

Qualquer pequena vitória russa na Ucrânia, representará uma enorme derrota para a Europa e para o Mundo. As consequências disso serão imprevisíveis e certamente perigosíssimas.

15.04.23

Lula da Silva acusa tanto os EUA como a UE de terem uma postura que incentiva a continuidade da guerra na Ucrânia.

Com estas afirmações, o chefe de estado brasileiro faz crer que neste conflito militar existe apenas uma beligerante. Neste caso, essa parte é com certeza a Ucrânia e os seus aliados, já que da parte de Lula nunca se ouviu uma única frase dirigida a Vladimir Putin no sentido de este parar com a agressão.

Na opinião de Lula, os aliados da Ucrânia devem parar de fornecer armas ao país agredido, mas quanto ao país agressor parece não haver opinião quanto à atitude a tomar no sentido da paz ser alcançada.

O tom naif, ingênuo e de bom samaritano que coloca no seu discurso - contrariamente às suas intenções - não engana ninguém. Se Lula da Silva estivesse mesmo empenhado no processo de paz, tinha desde logo do início do seu mandato, assumido uma posição clara e efetiva contra a agressão da Federação Russa à Ucrânia; tinha participado nas sanções impostas pela comunidade internacional; tinha adotado uma posição de total rejeição à política do Kremlin e colocado o Brasil no conjunto de países que apoiam a Ucrânia.

E para fazer tudo isto, nem era preciso fornecer armas à Ucrânia, bastava ter sido honesto e digno.

Neste momento, o mundo aguarda ansiosamente pelo plano de paz que Lula da Silva diz ter, ou pelo menos, diz querer obter.

Até agora, o contributo do Brasil para a paz na Ucrânia foi zero. E por aquilo que se adivinha, quando esse contributo chegar - se chegar - será certamente abaixo de zero.

É este Lula da Silva que durante os seus mandatos foi sempre incapaz de solucionar os trágicos problemas de segurança do seu país, onde a média anual de assassinatos ultrapassa os 80.000 casos; onde continuamente nas grandes cidades brasileiras é travada uma autêntica guerra civil entre gangues rivais de traficantes de droga; onde o cidadão comum tem pavor de sair à rua porque está plenamente consciente que a probabilidade de ser baleado é enorme, é este mesmo Lula que vem agora se colocar na posição de mediador, de pacificador, de homem de paz, naquele que é o mais complexo conflito militar desde a segunda grande guerra.

Acredite quem quiser. 

21.03.23

O Major general Agostinho Costa crê piamente que os territórios ucranianos usurpados pela federação russa nunca mais voltarão a estar sob a soberania ucrâniana.

Ridiculamente pede desculpa à Senhora doutora jornalista e aos telespectadores por esta crença, e nas suas declarações procura impingir a ideia que sempre se poderá encontrar uma justificação para um crime.

Pateticamente sorri para as câmaras, enquanto afirma que ninguém acredita que a Ucrânia recuperará os seus territórios, e implicitamente, sugere que todos nós nos devemos conformar com isso.

Faltam as palavras para classificar as intervenções deste senhor. Uma coisa é certa: a crença de que a avença é valiosa. 

14.03.23

Durante o conflito a decorrer na Ucrânia, milhares de crianças ucranianas provenientes de instituições e de separações forçadas das suas famílias, foram transferidas para a federação russa ou para zonas do território ucraniano ocupado.

A federação russa enfrenta já há alguns anos graves problemas demográficos onde o envelhecimento da população representa um perigoso indicicio daquilo que será a sociedade russa nas próximas décadas.

Paralelamente a uma sociedades envelhecida, a Rússia enfrenta o êxodo de milhares de jovens para o estrangeiro, fugindo de um regime atrasado e repressor.

Depois de serem os prisioneiros russos a morrer no campo de batalha, serão os jovens russos a enfrentar o mesmo destino, sendo que o número destes já falecidos, contribui seriamente para o problema de demografia russa.

Este regime pernecioso do Kremlin, para além de tomar posse pela força de território de um estado soberano, de provocar centenas de milhares de vítimas, de destruir inúmeras infrastruras civis, de arrasar cidades inteiras, tem ainda a imoralidade de roubar aquilo que mais rico uma sociedade pode ter: as suas crianças.

Para os vergonhosos defensores deste regime, com certeza que estas são mentiras ocidentais, ou então, a serem verdade, constituem uma oportunidade única para estas crianças obterem um futuro promissor num país repleto de virtualidades. Serão até capazez de afirmar que estas crianças foram salvas pelo regime russo do demónio ocidental.

Para o cidadão normal, de bem e que lava a cabeça apenas por fora, este precioso saque de guerra, constitui um hediondo crime contra a humanidade.

Não existem acordos de paz do chinês, nem hesitações ocidentais que o possam encobrir e deixar sem castigo.

 

05.03.23

Uma simples vassoura permite-nos juntar o lixo - incrível como um simples objecto consegue cumprir tão útil função.

O eleitorado brasileiro, por tão contestável que seja considerado, teve a utilidade de juntar um lixo sul americano a um lixo norte americano.

A fuga de Jair Bolsonaro para os EUA, - resultante da sua derrota eleitoral - levou-o ao encontro com Donald Trump.

Ambos discursaram num mesmo evento, e ambos os discursos repetem as mesmas asneiras a que já habituaram o mundo inteiro. Entre muitas, bolsonaro repete a insanidade ao afirmar que a solução para os problemas de segurança pública no Brasil, passa por armar o povo (mais ainda). Diz o alucinado, que "um povo armado nunca será escravizado". Com uma média de 80.000 assassinatos por ano, o povo brasileiro poderá não ser escravizado, mas dizimado será certamente se a disseminação indiscriminada de armas continuar a acontecer na sociedade brasileira.

Mais a norte, o outro alucinado afirma que em 24 horas acaba com a guerra na Ucrânia. Para isso, deverá bastar um telefonema de Donald Trump para o projecto de czar residente no Kremlin, para que tudo se resolva no campo de batalha na Ucrânia. Podemos até imaginar o conteúdo da ligação: "Oh Vladimir! Acaba lá com a fugachada que sou eu que estou a mandar".

Há sempre uma grande vantagem em juntar o lixo, nem mais que não seja para que evitemos tropeçar nele.

28.02.23

O plano de paz apresentado pela China que supostamente seria para viabilizar o fim do conflito na Ucrânia, diz entre outras coisas, o seguinte “a soberania, a independência e a integridade territorial de todos os países devem ser efectivamente defendidas".


Com excepção de alguns, obtusos, todos concordam que a invasão desencadeada pela federação russa ao território ucraniano é uma descarada e clara violação à soberania, à independência e à integridade territorial da Ucrânia.


Perante este plano chinês, torna-se incompreensível o facto de a China, em todas as votação realizadas na ONU, nunca ter votado a favor da condenação da invasão russa.


A ambiguidade chinesa considerada por muitos, é na realidade apenas hipocrisia.
Se de facto, a China estivesse empenhada na preservação da soberania, independência e integridade territorial dos Estados, já tinha assumido uma posição firme e clara contra a agressão russa.


No curto e médio prazo as economias europeias vão recuperar da crise resultante da guerra, e o mercado europeu vai continuar a ser aquilo que há muito tempo é: um gigantesco mercado que muito contribui para o desenvolvimento da China.


Enquanto isso, os chineses vêem o seu vizinho russo enfraquecer e isolar-se, política e economicamente. Compram gás e petróleo russo a preço de saldo e reforçam o conceito de que é a Rússia que mais precisa da China do que o contrário.


Até os chineses que nunca estiveram sob o domínio russo, se acautelam perante este vizinho. O que sentirão os povos que têm fronteiras com a Rússia perante tal vizinhança...


Este pretenso plano de paz chinês mais não é do que uma encenação de sombras própria de um regime que pouco inspira de bom.

23.02.23

Nesta madrugada somam-se 365 de guerra na Ucrânia.

Depois de em 2014 invadir e tomar posse da Crimeia, território ucraniano, e iniciar uma guerra de atrito e sabotagem na região do Donbass ucraniano, a Federação Russa deu início a uma invasão militar em larga escala na Ucrânia.

O resultado desta agressão traduz-se em centenas de milhares de mortos e feridos entre a população civil, centenas de casos de tortura e de execuções sumárias perfeitamente identificadas e documentadas por várias organizações internacionais, mais de 14 milhões de desalojados dentro e fora da Ucrânia, dezenas de milhares de cidadãos ucranianos deportados para território russo, e a mais completa destruição de estruturas civis em vastas regiões do país.

Estes são os factos indesmentíveis e incontornáveis que ficarão na história das primeiras décadas do século XXI, e que independentemente das mais variadas opiniões de políticos, de analistas e do público em geral, ficarão registados para memória futura.

De certos setores da sociedade ocidental, surgem alguns saudosistas do regime soviético, que olham para Vladimir Putin e para o seu regime como a reencarnação do velho império soviético. Tal como Putin, sentiram a derrota da utopia marxista e mal digeriram a queda da URSS.

Apesar das diferenças entre os dois regimes, veem no regime do Kremlin o oponente mais agressivo ás sociedades democráticas do ocidente e particularmente aos EUA. Isso basta-lhes, para justificar o injustificável e para tolerar o intolerável.

Desvalorizada esta corrente minoritária de opinião, prevalece o sentimento geral de que esta agressão constitui uma autêntica vergonha.

Mesmo no resto do mundo, particularmente na Índia e na China - considerando que as posições dos respetivos governos, são representativas de compreensíveis interesses geopolítico dos mesmos, - a população comum, com exceção daqueles que por razões várias se abstêm de dar a sua opinião, encara este conflito como algo, no mínimo desnecessário e injustificável.

Nos primeiros dias de guerra, escrevi um texto onde considerei que a derrota militar de Putin e da Federação Russa tinha começado exatamente no primeiro dia da invasão. Passado um ano, acredito que tal tendência não se inverteu, apesar dos avanços e recuos da linha da frente.

No campo de batalha as perdas humanas e de material têm sido gigantescas para ambos os lados, contudo, o oponente que está na defensiva leva vantagem sobre quem procura ganhar terreno.

Os militares ucranianos, ao contrário do passado de 2014, encontram-se agora bem treinados e substancialmente melhor equipados. Conhecedores do terreno, e com a extrema motivação de quem defende a sua pátria, têm conseguido reter o gigantesco exército russo na sua ofensiva, conseguindo até recuperar alguns territórios antes anexados.

Enquanto que a linha da frente pouco tem oscilado, as forças russas que supostamente deveriam ter ganho a guerra em poucas semanas, enfrentam aquilo que nunca sonharam enfrentar e as poucas vitórias alcançadas têm tido um preço insustentável em baixas e em material.

Da Federação Russa têm fugido centenas de milhares russos. São aqueles que, ou por medo de serem recrutados para a guerra, ou por simplesmente não suportarem mais o quotidiano da sociedade russa, abandonam o país deixando para trás os que sem outra alternativa se mantêm submissos ao regime opressor, e os outros que declaradamente o apoiam.

Estes últimos, consideram Vladimir Putin como sendo o verdadeiro herói da Rússia, digno sucessor de outros líderes que no passado garantiram que o seu país não se contentasse em ser apenas isso, um país. Para estes, é necessário a existência de um líder suficientemente forte que garanta que a Rússia seja um império, - nem que para isso se concretizar, tenha que pela força das armas submeter os vizinhos à sua autoridade e ao seu domínio.

Apesar de ser um facto que alguns pretendem negar, os efeitos das sanções já fazem grande estrago na economia russa. Os lucros com as exportações de hidrocarbonetos russos decaíram consideravelmente e as vendas a países como a China e a Índia não conseguem equilibrar a balança.

Manter esta guerra tem tido um peso brutal sobre as reservas russas, tanto em termos financeiros como em material de guerra. É um preço que a médio prazo se vai tornar insustentável para a economia Russa.

Para além das fronteiras da Federação Russa, o regime do Kremlin vê agora alguns dos seus vizinhos ora sendo mais parte da NATO, ora estando mais perto da esfera de influência chinesa.

Depois de décadas de desinvestimento militar, a Europa entra numa nova era de produção de armamento e revê profundamente a sua política de defesa comum.

Findada a guerra fria, a Europa viveu um período de desenvolvimento onde os recursos outrora orientados para o campo da defesa militar, foram sendo aplicados em políticas de desenvolvimento económico e social.

Em sentido contrário, Putin, criou uma ideia falsa entre o povo russo, onde a proximidade de regimes democráticos junto das fronteiras da Federação Russa, constituía uma ameaça à segurança nacional.

A realidade mostrou exatamente o contrário. De entre todos os países antes pertencentes ao Pacto de Varsóvia, sendo ou não membros da NATO, nenhum sequer equacionou, e muito menos concretizou qualquer agressão à nação russa. Já o contrário, está à vista de todos desde que Vladimir Putin assumiu o poder.

Há um ano atrás, os russos eram fortes parceiros económicos das grandes economias europeias - Hoje, a palavra de ordem dos governos destes países é a de que o regime do Kremlin se tornou uma ameaça à segurança europeia e que a sua derrota neste conflito se tornou imperativa.

Mesmo com todas as hesitações por parte dos dirigentes dos países da NATO, cada vez mais se acentua o esforço conjunto para fornecer à Ucrânia os meios não apenas para se defender, mas sim para conseguir derrotar o exército russo.

Um ano depois, a grande questão que se coloca não é se a Federação Russa sairá derrotada ou não do conflito – A questão é saber quando isso ocorrerá.

E quando essa resposta for obtida, questão maior se colocará: O que será da maior potência nuclear do planeta depois do rescaldo da derrota?

Neste momento, Putin trava uma luta não contra o povo ucraniano, mas sim contra o seu próprio povo e pela sua sobrevivência política. Quando o seu exército sair derrotado no campo de batalha da Ucrânia, será também o fim da era de Vladimir Putin.

Os russos não suportam líderes derrotados em conflitos militares, e a história faz-lhes jus.

Enquanto isso, os ucranianos insistem na ideia por alguns tanto contestada:

Preferem morrem de pé do que viver de joelhos.

Entre a vergonha e a honra, a história não nos esquecerá.

11.02.23

A convite de um estado agressor, Roger Waters fez uma triste figura na ONU ao proferir um discurso na qualidade de "ativista civil a favor da paz".

Roger Waters considera que a invasão militar por parte da Rússia ao território ucrâniano, constitui uma ilegalidade, mas por outro lado, condena a resposta ocidental no que diz respeito à ajuda militar concedida à Ucrânia.

Esta posição, coloca Roger Waters como sendo um apologista da impunidade perante a ilegalidade.

Num cenário em que a sua pátria, o Reino Unido, fosse invadida militarmente por uma força estrangeira, provavelmente isso seria fonte de inspiração para este músico escrever uma canção onde seriam condenados tanto a escalada do armamento como os grandes lucros das empresas que o produzem.

A destruição do seu país e a morte do seu povo, certamente não teriam espaço na letra da composição, como igualmente não houve espaço no seu discurso para uma palavra de apoio ao povo ucraniano.

Entre as variadas reacções ao seu discurso, houve uma que considerou o músico como sendo mais um tijolo na parede que constitui a propaganda russa.

Na minha opinião, Roger Waters é apenas mais um daqueles “pacifistas” incompetentes e imorais sem soluções nem moral para abordar o assunto.

Incompetente, porque não apresenta nenhuma solução credível e exequível para que a paz seja alcançada. Na prática, Roger Waters nada fez no sentido de se encontrar uma solução para o problema, e ao apresentar-se na ONU como convidado por uma das partes do conflito, pior ainda, pela parte agressora, não perdeu a credibilidade que na verdade nunca teve, perdeu apenas a oportunidade de não fazer uma triste figura.

Um "ativista civil a favor da paz" nunca pode aceitar um convite de um regime que independentemente das inúmeras opiniões e posições, foi quem na realidade iniciou um conflito militar.

Imoral, porque condena o fornecimento de armamento à Ucrânia, o mesmo armamento que permitiu que até agora Kiev não se tivesse transformado noutra Bucha.

Imoral, porque aceitou um convite de um regime criminoso e já agora, um dos maiores fabricantes de armas do planeta, detentor do maior arsenal nuclear entre todas as nações.

Imoral, porque ao criticar o fornecimento de armas à Ucrânia, pretende colocar um povo numa posição de total subjugação perante um agressor que indiscutivelmente pretende a anulação e consequente anexação de uma nação soberana e independente.

A paz pretendida por Roger Waters nada mais é do que a aceitação e normalização por parte do mundo inteiro, e particularmente pelo povo ucraniano, que uma nação agredida tem obrigatoriamente que se render aos pés de um agressor que violou todas as leis do direito internacional e que ao longo de quase um ano tem vindo a usurpar território alheio e a massacrar a sua população.

Para Roger Waters, o legítimo direito à defesa do povo ucraniano, constitui apenas uma conspiração internacional para o incremento do comércio de armas.

Todos os homens e mulheres de bem desejam um mundo sem armas e sem guerras. Esse mundo por enquanto ainda não existe, e não será com toda a certeza com o contributo de Roger Waters que o vamos alcançar.

08.01.23

Instrumentalização, marginalidade e impunidade. Três características fortemente enraizadas na sociedade brasileira. A Instrumentalização melhor resulta quanto maior for o grau de analfabetismo ou de simples iliteracia do alvo a ser instrumentalizado. A marginalidade e o crime generalizado são fatores que sustentam o facto do Brasil ser um dos países mais inseguros do mundo. A impunidade resulta da circunstância de a classe política brasileira ser extremamente e tradicionalmente corrupta. Os acontecimentos em Brasília são apenas o fruto e o espelho destas três características da sociedade brasileira. Sem surpresa, estes acontecimentos, trazem a etiqueta – Made in Brazil.

25.12.22

Se a Ucrânia fosse um país pobre de recursos naturais e não fosse um dos maiores produtores de cereais no mundo, putin nunca teria qualquer interesse no território ucraniano para além de lá colocar um clone de lukashenko. Essa conversa de merda de que se trata de uma questão de segurança nacional russa, é para consumo dos acéfalos russos e de outros, espalhados por aí. Não foi a NATO que se aproximou das fronteiras russas, foram as fronteiras russas que encolheram com a queda do império soviético. Os povos que nessas regiões viviam, escolheram um lado por sua própria vontade, e nesse processo não invadiram a federação russa nem se comprometeram em aniquilar um povo inteiro. Imagine-se - pretenderam apenas pensar diferente - sem que com isso se tenham transformado em assassinos, ou simplesmente, moralmente cúmplices do crime. Os idiotas que estão convencidos que o direito de ter um pensamento diferente lhes confere a legitimidade de defenderem a barbaridade criminosa, são apenas desprezíveis. Estão eles mais convencidos de que a NATO tem pretensões de invadir a federação russa, do que o próprio putin. Com certeza desconhecem que a principal ameaça à paz na Europa chama-se Kaliningrad, o exclave russo cravado no continente europeu onde as armas nucleares russas estão a poucos minutos de todas as capitais europeias. Para os camaradas do pensamento diferente, esta não é com certeza uma ameaça ao ocidente. Afinal de contas, o regime do Kremlin tem nas últimas duas décadas dado provas de pacifismo universal. Não invadiu ninguém, não iniciou nenhum tipo de agressão militar e tem-se comportado como um digno representante dos direitos humanos, da democracia pluralista e das leis internacionais. Já os nazis ucranianos.... e os planos de americanos, alemães, franceses e ingleses de bombardearam Moscovo, constituem uma ameaça latente a todos os russos. Putin ordenou a invasão da Ucrânia com apenas um objectivo: integrar a totalidade do território ucraniano na federação russa. Os campos de gás natural e os milhões de toneladas de cereais ucranianos são o saque de guerra do Kremlin. E se para isso tiverem que ser assassinados todos os ucranianos e russos que vivem na Ucrânia, que assim seja. Invadir, saquear, alargamento do território, colonização do mesmo e aumento do poder. São estes os objectivos de quem desencadeia uma guerra. A guerra na Ucrânia é isto mesmo e não mais do que isto. O resto é conversa.

19.11.22

O Sr. Raimundo tem um cão - chama-se Putin, mas no íntimo, certamente, prefere tratá-lo por companheiro Vladimir.

O Sr. Raimundo está convencido que este problema na Ucrânia ao qual está dogmaticamente proibido de chamar guerra, começou com o facto do dito cão ter sido atiçado, o que consequentemente levou o bicho a virar-se e a atacar os autores de tamanha maldade.

O cão do Sr. Raimundo, em 2008, depois de ter sido atiçado invadiu a Geórgia e usurpou os territórios da Abecásia e a Ossétia do Sul. Depois de em 1999, a Federação russa ter iniciado a segunda guerra na Chechênia, o cão do Sr. Raimundo, no ano 2000, novamente atiçado, colocou a Chechênia sob administração direta da Presidência da Federação russa.

Em 2016, a cidade de Alepo na Síria foi totalmente arrasada pelos bombardeamentos da força aérea russa. O bicho foi tão atiçado que se viu obrigado a varrer do mapa uma cidade inteira e com isso assassinar mais de 100.000 civis inocentes.

Como a comunidade internacional apenas se limitava a atiçar o cão do Sr. Raimundo, este decidiu dar mais uma dentada, e desta vez em 2014, anexou a península da Crimeia território soberano da Ucrânia.

Como ninguém aprendeu que não se deve atiçar os cães, o animal aproveitou o estado de raiva e começou a “minar” os territórios do leste da Ucrânia. Ao que parecia, estas regiões estavam empestadas de nazis e tal enfermidade punha em risco a sobrevivência de todo o povo irmão da Ucrânia, que ainda por cima e que para todos os efeitos mais não era que povo russo.

Durante 20 anos este “husky siberiano”, acumulou uma colossal fortuna fruto de inúmeros negócios que toda a comunidade internacional, particularmente a Europa, lhe proporcionou. O dinheiro russo circulava nas praças europeias alimentando as fortunas de ambos os lados.

Este cão até conseguiu a proeza de ficar bem-visto nos grandes círculos mundiais. Porem, com isto ele não se sentia atiçado, muito antes pelo contrário. Fazia o papel de animal domesticado, e provavelmente, até o Sr. Raimundo, nessa época recolhido no seu anonimato, acreditou nisso.

Em fevereiro de 2022, o cão do Sr. Raimundo não aguentou mais ser tão atiçado e decidiu invadir a Ucrânia numa operação especial de salvamento do povo ucraniano. Oito meses depois e com milhares de mortos resultantes do salvamento, que ninguém venha agora se queixar do bichano. Foi muito atiçamento.

O Sr. Raimundo não percebe nada de animais, porque se assim fosse, não comparava Vladimir Putin a um cão.

Os animais reagem violentamente quando são atacados – Putin não precisa de ser ameaçado para atacar. Nem sequer deve ser considerado uma animal – é apenas uma doença.

Uma doença que não precisa de ser provocada para matar – basta que nos aproximemos dela para sofrermos as consequências que fatalmente serão trágicas.

É desta doença que todos os vizinhos da Federação russa têm procurado fugir desde a queda da União Soviética.

E é desta doença que o Sr. Raimundo e o seu partido não conseguem fugir. Não conseguem, porque indiscutivelmente não querem, e porque doentiamente continuam a preferir venerar.

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