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A Política somos nós

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28.02.23

O plano de paz apresentado pela China que supostamente seria para viabilizar o fim do conflito na Ucrânia, diz entre outras coisas, o seguinte “a soberania, a independência e a integridade territorial de todos os países devem ser efectivamente defendidas".


Com excepção de alguns, obtusos, todos concordam que a invasão desencadeada pela federação russa ao território ucraniano é uma descarada e clara violação à soberania, à independência e à integridade territorial da Ucrânia.


Perante este plano chinês, torna-se incompreensível o facto de a China, em todas as votação realizadas na ONU, nunca ter votado a favor da condenação da invasão russa.


A ambiguidade chinesa considerada por muitos, é na realidade apenas hipocrisia.
Se de facto, a China estivesse empenhada na preservação da soberania, independência e integridade territorial dos Estados, já tinha assumido uma posição firme e clara contra a agressão russa.


No curto e médio prazo as economias europeias vão recuperar da crise resultante da guerra, e o mercado europeu vai continuar a ser aquilo que há muito tempo é: um gigantesco mercado que muito contribui para o desenvolvimento da China.


Enquanto isso, os chineses vêem o seu vizinho russo enfraquecer e isolar-se, política e economicamente. Compram gás e petróleo russo a preço de saldo e reforçam o conceito de que é a Rússia que mais precisa da China do que o contrário.


Até os chineses que nunca estiveram sob o domínio russo, se acautelam perante este vizinho. O que sentirão os povos que têm fronteiras com a Rússia perante tal vizinhança...


Este pretenso plano de paz chinês mais não é do que uma encenação de sombras própria de um regime que pouco inspira de bom.

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