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A Política somos nós

A Política somos nós

13.08.23

Quando em 27 de Fevereiro de 2014 o território soberano ucraniano da Crimeia foi invadido por tropas não identificadas provenientes da federação russa, o mundo inteiro assobiou para o lado, com especial destaque para os EUA.

Seguiram-se as sabotagens e as violações territoriais no Donbass levadas a cabo por agentes e paramilitares russos, e o mundo continuou a assobiar para o lado.

Em 24 de Fevereiro de 2022 acordaram todos com as calças na mão. Ficou provado que quando se viola o direito internacional devagarinho, não há razões para receios e pode-se perfeitamente assobiar para o lado, legitimando assim o terrorismo de estado daqueles cujo arsenal nuclear assegura que nada contra será efectuado.

Já se ouvem os assobios para o lado perante a concentração de tropas do grupo Wagner (o mesmo que invadiu a crimeia em 2014), junto das fronteiras da Polónia e da Lituânia.

Dizem os entendidos de que se trata de uma manobra de diversão russa para deslocar tropas ucranianas para a fronteira com a Bielorrússa. Os mesmos entendidos que afirmaram que uma invasão russa a território ucraniano era altamente improvável.

A situação na fronteira polaca com a Bielorrússia é um barril de pólvora colocado pelo regime do Kremlin. À mínima faísca, putin envocará o pretexto de que algum russófono está em perigo e é obrigação da federação russa intervir em seu socorro.

Quanto mais atrasada for a vitória da Ucrânia no conflito, mais se agravará a situação em toda a região.

Se o caldo entornar para dentro da Polónia, não serão só as calças que o mundo ocidental terá que segurar.

 

 

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