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A Política somos nós

A Política somos nós

11.06.25

Durante as comemorações do 10 de Junho em Lisboa, a escritura Lídia Jorge, com o seu discurso, deu uma lição de história e de cidadania.

Lembrou aos desmomoriados e ensinou aos ignorantes que a história de Portugal um dos mais antigos países europeus, se fez de gentes e de povos.

Desde a antiguidade com os muçulmanos, à actualidade com os povos eslavos, que Portugal bebeu culturas e se alimentou dos contributos daqueles que vieram, permaneceram e partiram.

Hoje, quase 900 depois, os portugueses são na sua essência e na sua história, muçulmanos, judeus, africanos, sul americanos e também um pouco de outros povos que por razões várias passaram ou permaneceram no território nacional.

Somos uma mistura de culturas, de tradições, de cores e de conhecimento. Esta diversidade tem seriamente contribuído para o papel de Portugal no mundo. O que outros certamente não conseguiriam alcançar, os habitantes deste pequeno rectângulo conseguiram.

Portugal é um país respeitado e considerado pelos mais distintos sociólogos como um exemplo de resiliência de capacidade para se reinventar, para improvisar e resistir perante as dificuldades próprias de um país parco em recursos naturais, com um mercado debil e com uma população que em consecutivos anos  envelhece. O que Portugal, os portugueses e todos os outros que por cá vivem conseguiram alcançar nos últimos 50 anos é sem dúvida um caso único na Europa.

Devemos estar TODOS orgulhosos. Certamente que nem tudo são rosas, naturalmente existem alguns espinhos. Aproveitemos as rosas e contrariemos os espinhos como sempre fizemos.

Na tribuna, neste 10 de Junho, estava presente um indivíduo que ficou incomodado com a lição de história.

Como todo o malandro é alérgico a lições.

Por sua vontade, os portugueses não devem aprender com a sua história. Aprender com a história passa por reconhecer os erros e as virtudes da mesma. O problema é que tal indivíduo, considera que os maiores erros na nossa história devem ser considerados virtudes.

Para ele, África continuaria a ser nossa, tal como afirmava o seu guru. Arrisco-me a afirmar que a maioria dos seus apoiantes (muitos jovens) desconhecem que Salazar afirmava que África era nossa e que a sua defesa deveria ser feita até ao último homem.

Depois de dezenas de milhares de mortos e estropiados, África não é nossa. A única coisa que ficou nossa foi a vergonha da guerra colonial - vergonha que ombreira com a perda da nossa soberania para Espanha depois da crise dinástica resultante da morte do rei D. Sebastião.

Não sei se o indivíduo tem filhos nem sei se estaria disposto a ser o pai do ultimo homem a morrer nas selvas de Angola, de Moçambique ou da Giné.

Uma coisa eu sei, os malandros têm grande dificuldade em aprender com as lições.

Noutra coisa eu acredito - os seus tresmalhados apoiantes vão mais tarde ou mais cedo aprender que o indivíduo não presta. Por agora acreditam que o homem não é mais do mesmo. Em breve realizarão que afinal o indivíduo é muito pior que o mesmo.

 

 

 

 

 

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