10.03.25
Daqui a 50 anos, quando este período da história for recordado e estudado, aqueles que por razões várias- sejam elas a estupidez, a ignorância ou a servidão ideológica - serão recordados como cúmplices daquilo que de pior é constituída uma sociedade - recordados com vergonha. Os nomes, como alguns que por aqui passam, não serão certamente recordados nem tão pouco reconhecidos. Passarão à história como perfeitos anónimos desprezíveis e irrelevantes. O que será recordado é que durante estes tempos tão sombrios, existiu um movimento de indivíduos que optaram por ficar do lado dos criminosos, dos ladrões e dos assassinos. A frase ficar do lado errado da história pode ser um cliché, mas na realidade tomar partido pela bandidagem não contribui em nada para ficar bem na fotografia. Durante o domínio nazi em vários países existiram pessoas que alinhararam com o movimento. A vergonha não ficou para eles pois era algo que não possuíam.
Certamente ficou para os seus descendentes. Vladimir Putin será recordado pelas piores razões, e os seus apoiantes ficarão para sempre ligados à ignomínia. As escórias são os restos inúteis de um processo construtivo. As sociedades também produzem as suas escórias. Quando durante um processo se obtém algo de construtivo, positivo e útil em favor de uma maioria, as escórias caem fatalmente no esquecimento. O que se passa na Ucrânia, independentemente das causas e das consequências, constitui um roubo, a apropriação do alheio, o rapto, a violação, o assassinato, o bombardeamento programado para atingir aqueles que correm em socorro das vítimas dos bombardeamentos prévios, as execuções sumárias, a destruição gratuita. Quem defende aqueles que são RESPONSÁVEIS por todas estas barbaridades, são cúmplices. São a escória de um processo turbulento mas que no final resultará em algo construtivo. A Ucrânia prevalecerá. Custe o que custar.