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A Política somos nós

A Política somos nós

25.02.24

Dois anos de guerra passados já não trazem mais surpresas.

Já não é surpresa a coragem e determinação do heróico povo ucraniano.

Já não é surpresa a capacidade de resistência do exército ucraniano, que apesar da inferioridade numérica nos efetivos e nos meios bélicos, conseguiu durante estes dois anos frustrar todos os grandes objetivos militares e políticos do regime do Kremlin.

Já não é surpresa a retórica cínica e mentirosa dos dirigentes russos.

Ninguém se sentirá surpreendido se a ofensiva russa se estender para além do Donbass ucraniano, ou mesmo para além das fronteiras da Ucrânia. 

Não causa surpresa que o regime criminoso russo não hesite em eliminar os seus opositores dentro e fora das fronteiras da Federação russa.

O regime russo já não consegue surpreender ninguém pois todo o mundo civilizado está convicto da perversidade de tal regime. Até o governo chinês olha com apreensão a possibilidade de uma vitória total da Federação russa no conflito na Ucrânia.

Ninguém se surpreende com o tipo de aliados do Kremlin - Coreia do Norte, Irão, Venezuela. Como diz o povo, “Diz-me com quem andas, te direi quem és”.

Nada disto me surpreende. O que unicamente me surpreende é a estupidez de algumas miseráveis mentes ocidentais, que por razões várias, apoiam o terrorista de estado, o criminoso internacional, Vladimir Putin.

Do conforto das suas salas, dos seus confortáveis sofás, dos cafés de bairro, até aos canais televisivos e blogues, não hesitam em apoiar a infâmia. 

Conhecemos as suas razões. Alergia a tudo o que é norte americano, - mesmo aos aspectos positivos - a tacanhez ideológica impede-os de reconhecer o que quer seja positivo no sistema político norte americano. Saudosismo bacoco da ex URSS - o credo ingénuo num sistema político falido e comprovadamente falhado, transformou a ingenuidade em estupidez. 

A verdadeira surpresa é a estupidez presente, quando em vez de legitimamente se discordar com certos aspectos das sociedades ocidentais e das democracias que as regem, se opte por ser cúmplice de regimes onde a possibilidade de se concordar com o que quer que seja é nula.

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