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A Política somos nós

A Política somos nós

04.04.23

Passado mais de um ano de guerra, a derrota de Putin está expressa em toda a linha.

O que era para ser uma operação militar especial, rápida e eficaz que culminasse com a queda do regime de Kiev, resultou num banho de sangue que se perlonga no tempo e que já seifou a vida a largas dezenas de soldados russos.

O desejo de transformar a Ucrânia num estado vassalo do Kremlin, sem autonomia, sem soberania, sem exército e completamente dependente, nunca se realizou. Pelo contrário, hoje a Ucrânia, apesar de parcialmente destruida, tornou-se numa nação mais forte políticamente, militarmente, e com uma união do seu povo como nunca teve.

Com esta aventura, Putin, tão incomodado com a proximidade da NATO das suas fronteiras, juntou mais 1.340 km de fronteira NATO à federação russa. E em breve outros km se juntarão.

Nem sequer um objectivo militar foi plenamente alcançado pelo exército russo ou pelos seus mercenários.

A intenção de enfraquecer e dividir a Europa neste processo foi um autêntico fracasso. Foi exactamente o inverso que ocorreu.

Com as excepções da China e da Índia - países que mais não fazem do que explorar a federação russa a seu belo proveito - o país de Vladimir putin foi completamente excluído das relações internacionais. Tornou-se num proscrito entre as nações. É visto como um inimigo, e passarão décadas até que recupere o seu desenvolvimento e o seu prestígio.

Indiferente a tudo isto, o projecto de czar, não irá desistir das suas intenções. A derrota que enfrentou em Berlim com a queda do muro e do seu império soviético, é demasiado pesada para suportar qualquer outra.

Para que a sua derrota seja plena, não basta armar a Ucrânia. Enquanto a China não concluir que tem mais a perder do que a ganhar com este conflito, ele não terminará.

Está na hora das sanções ocidentais pesarem na economia chinesa. O acordo é  simples : ou a China cessa o seu apoio económico à federação russa e assume uma posição clara e poderosa contra a agressão do regime russo, ou irá pagar um preço por não o fazer.

Enquanto a China tirar vantagem económica desta guerra, a mesma não acabará.

Cabe à Europa agir.

 

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