17.09.22
Perante as últimas revelações sobre novas valas comuns descobertas em território ucraniano, concretamente na região de Izium que esteve sob ocupação do exército russo, seria oportuno por parte dos canais televisivos nacionais, o convite a certas personalidades no sentido de escutar das mesmas, as suas opiniões sobre os novos factos.
Por exemplo: seria interessante obter a posição do projeto de espião chamado Alexandre Guerreiro, que consistentemente encontra argumentos para defender o regime criminoso do Kremlin.
Talvez neste caso nos confessasse que tinha conseguido ele próprio, espiar este cenário de guerra, desculpem, nas suas próprias palavras, “operação militar especial”, e como tal, podia justificar tais sepultamentos, como sendo cerimónias fúnebres de elementos idosos da população de Izium , e todos decorrentes de morte por causas naturais.
A presença de alguns generais com mais ou menos estrelas, seria indiscutivelmente importante para explicar ao público televisivo que tais valas, eram na realidade, trincheiras cavadas pelo bravo e glorioso exército russo, e que a presença nas mesmas dos corpos dos cidadãos de Izium se devia apenas ao facto de que estes, no caminho para suas casas, tinham tropeçado, e por via disso se precipitado dentro das referidas trincheiras. O detalhe dos corpos com mãos e pés atados, tinha igualmente explicação: os soldados russos gostaram tanto da companhia dos habitantes da região dentro das suas trincheiras, que optaram por lhes atar os pés, não fossem os mesmos quererem fugir. Já o atar das mãos foi para prevenir que não tocassem em nada.
E por incrível que pareça, a enorme sapiência destes nossos génios militares encontraria igualmente explicação para os buracos encontrados nas cabeças destas pessoas, - tal ocorrência tinha sido o resultado de balas provenientes das armas de atiradores furtivos ucranianos que confundiram os civis com soldados inimigos, ou quem sabe, não teria sido um acto premeditado por parte dos ucranianos em assassinar o seu próprio povo.
Por fim, Miguel Sousa Tavares poderia igualmente dar o seu contributo para o debate, fazendo aquilo que melhor sabe fazer, dizer disparates.