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A Política somos nós

A Política somos nós

01.06.22

A esmagadora maioria dos portugueses está indefetivelmente contra a invasão da Ucrânia por parte da Federação Russa. Mais do que não seja, trata-se da posição de um povo que sofreu na pele a segunda mais longa ditadura da Europa. Um povo que recusa e condena qualquer forma de regime ditatorial, e que valoriza de sobre maneira a democracia. 

Contudo, subsistem umas pequeníssimas franjas na nossa sociedade que por razões várias, mal disfarçam a sua simpatia pelo regime russo, ou em certos casos, apoiam a conduta do mesmo. 

Quem não se coloca de forma inequívoca contra o mal, ao mal pertence. Quem assume simpatias por quem pratica crimes, criminoso é. Quem repete a mentira e a falsidade, mentiroso e falso é. Quem compactua com a imoralidade, imoral é.  

Existe um ditado que muito claramente caracteriza esta forma de comportamento: Diz-me com quem andas, e eu dir-te-ei quem és. 

Quem não consegue ou não quer, levantar a sua voz contra a vergonha, a imoralidade e a chacina que está a acontecer na Ucrânia, ficará para sempre conotado como cúmplice moral dessa mesma vergonha, dessa mesma imoralidade, e nunca será capaz de limpar a cara da vergonha de ter ignorado a chacina.  

Apresentam os mais vazios argumentos. Uns sofrem penosamente com o peso da trela partidária que os impede de pensarem pela sua própria cabeça, - fazem lembrar aqueles bonecos que se colocavam na chapeleira dos carros e que ao ritmo dos solavancos provocados pelas velhas estradas, iam abanando a cabeça; outros, nem trela têm, são apenas masoquistas que insistem em viver num país ocidental quando renegam completamente os princípios e valores ocidentais.  

O seu miserável discurso resume-se à cassete que repete os slogans anti EUA, anti Europa, anti Euro, anticapitalismo. Se para se posicionarem contra o ocidente tiverem que menosprezar uma situação que já provocou milhares de vítimas, milhões de desalojados e que já ameaça o brutal aumento da fome no mundo, então que assim seja.  

Nem o lado errado da história lhes está reservado, pois nem lado conseguem ter. Não foi apenas para Vladimir Putin que a queda da URSS constituiu a maior tragédia geopolítica do século XX, para esta pequeníssima franja, representou o fim definitivo de espaço político. Já não têm nada para ser a favor, resta-lhes apenas ser contra.  

Vergonhosamente não têm estatura moral que lhes permita ser contra aquilo que inegavelmente está errado. Independentemente se a origem do erro está a oriente ou a ocidente. 

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