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A Política somos nós

A Política somos nós

05.05.22

O ex-presidente do Brasil Lula da Silva, declarou a propósito do conflito na Ucrânia:

Ele [Zelensky] fica se achando o rei da cocada, quando na verdade deveriam ter tido conversa mais séria com ele: ‘Ô, cara, você é um bom artista, você é um bom comediante, mas não vamos fazer uma guerra para você aparecer’. E dizer para o Putin: ‘Ô, Putin, você tem muita arma, mas não precisa utilizar arma contra a Ucrânia. Vamos conversar!’”.

As fatalidades da história por vezes são irreversíveis. Se Lula da Silva ainda fosse presidente do Brasil, as probabilidades de a Federação Russa ter invadido o território soberano da Ucrânia, tinham sido praticamente nulas.

Apesar de o Brasil ser considerado pela comunidade diplomática como um peso morto em termos de diplomacia internacional, nada o impede de ter este ativo diplomático chamado Luís Inácio Lula da Silva.

Se no lugar de Mácron, naquela emblemática mesa do Kremlin, tivesse estado o ex. presidente brasileiro, tudo teria sido diferente. Para começar, quando Vladimir Putin visse o seu companheiro Lula entrar na sala, teria de imediato dito na forma russa, traduzida para o português falado no Brasil: “Oi cara! Senta logo aqui do meu lado para nós batermos um papo reto”. Aquela distância fria de 6 metros, teria sido espontaneamente quebrada.

Depois de “quebrar o gelo”, Lula da Silva teria então o caminho aberto para soltar o seu discurso diplomático livre de protocolos e de subterfúgios, - “Vamo conversar cara!, primeiramente: tu não precisa usar arma contra a Ucrânia, basta tu perguntar ao Zelensky quantos km2 do território ele tá disposto a entregar à Rússia.

Tal como eu fui um simples operário, e consegui chegar a presidente, ele como comediante e bom artista, se acha o rei da cocada, mas pode muito bem ser levado na conversa”.

Perante este português açucarado com direito a cocada e tudo, era certo que Putin balançava.

Lula nunca aconselharia por exemplo que o local das conversações entre ucranianos e russos tivesse lugar na Bielorrússia, - lugar frio danado, - o Brasil seria o local ideal para se chegar a um acordo de paz.

De resto seria até uma excelente iniciativa de Lula para se projetar ainda mais nas próximas presidenciais onde encara o seu adversário Bolsonaro, que por acaso também não perde oportunidade para dizer asneiras.

Mácron, Mácron! Tu não sabe de nada. Antes de teres ido ao Kremlin, devias ter dado uma ligadinha para o Lula, aquele ali sim, é que sabe do babado.

05.05.22

O estado terrorista conhecido como Federação Russa, planeia para o próximo dia 9 a realização de uma parada na cidade ucraniana de Mariupol.

Celebra-se a vitória soviética sobre a Alemanha nazi em 1945, vitória essa só conseguida com o enormíssimo apoio fornecido pelo EUA, quando estes optaram por fornecer milhares de toneladas de material de guerra ao regime chefiado por Stalin. Foi esta a estratégia adotada pelos aliados para derrotar o terceiro reich no último terço da segunda grande guerra mundial.

Sem esta inestimável ajuda, a indesmentível e heroica coragem do povo russo, não teria sido suficiente para levar de vencida os exércitos nazis. Este fato histórico apesar de ser do conhecimento de Vladimir Putin, nunca será lembrado pelo mesmo, e aí de alguém na Rússia que se atreva a sequer sussurra-lo.

Quando se afirma que os níveis de destruição na cidade de Mariupol alcançam os 90%, adivinha-se que a parada terá lugar exatamente nos restantes 10%. De outra forma como iria o Kremlin justificar perante os dormentes russos que a sua “operação militar especial” tinha afinal sido uma operação de destruição e assassinato em larga escala que obliterou do mapa da Ucrânia a cidade de Mariupol?

Já faz algum tempo que esta zona da cidade foi alvo de total limpeza de todo e qualquer vestígio comprometedor fruto da barbaridade ocorrida.

Os civis mortos foram incinerados pelos crematórios portáteis, máquina indispensável nos exércitos russos, - as ruas foram limpas e serão engalanadas e os habitantes irão ser “convidados” a ladear as avenidas empunhando bandeiras da Federação Russa onde aclamarão os militares em desfile.

Tudo como manda o figurino, que embora já não contenha a chancela soviética, é nela em tudo idêntico. Como diz o ditado: “A merda é a mesma, as moscas é que são outras”.

Se até lá, os resistentes escondidos dentro dos bunkers em Azovstal conseguirem se manter vivos, podem no próximo dia 9 poder contar com um dia sem bombardeamentos. Se assim não fosse, iria soar um pouco estranho aos ouvidos dos cidadãos russos, o som das bombas enquanto Putin discursava em direto para a TV russa.

A haver um cessar fogo, que seja em honra dos heróis da grande guerra patriótica, - já as crianças dentro dos bunkers não serão merecedoras de tal benesse.

Esta parada vai constituir mais um capítulo da grande farsa com que o Kremlin constantemente presenteia os seus cidadãos. Vitórias fictícias serão apresentadas e glórias serão contadas, tudo para gladio do povo russo que assim se mantém convenientemente dopado.

Serão também apaziguados os russos radicais que por este tempo já pressionam Putin no sentido de que o massacre na Ucrânia ainda não é suficiente, pois a “mãe Rússia” pouco apaziguada que está, vocifera por mais sacrifícios de sangue.

Para uma parte da Federação Russa será com certeza a parada de uma vitória do passado e uma ilusão de vitória no presente, - para o resto do mundo e particularmente para o povo ucraniano, será uma verdadeira parada de morte.

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