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A Política somos nós

A Política somos nós

20.03.22

Não houve cristão, católico, protestante ou ortodoxo; nem judeu nem muçulmano; nem tão pouco, o ateu, que tenha conseguido conter a emoção com a chegada de Nossa Senhora de Fátima à igreja cristão ortodoxa na cidade de Lviv na Ucrânia. Enquanto não sessam os horrores da guerra, acalentam-se os corações dos que sofrem.

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20.03.22

Cosmonautas russos chegam à estação espacial internacional vestidos com as cores da Ucrânia.

Normalmente a intelectualidade e a grandeza de espírito andam de mãos dadas com os princípios civilizacionais e humanos.

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20.03.22

A porta-voz do Ministério dos negócios estrangeiros russa, Maria Zakharova, a mesma que afirmou que o exército russo nunca bombardeou civis, e que toda gente sabe disso, declarou: "Nenhuma sanção, nenhuma ameaça, nenhuma chantagem, quer sejam os Estados Unidos da América ou os seus satélites, que se imaginam como uma espécie de senhores coletivos do mundo, mudará a nossa posição", disse Zakharova num encontro com a comunicação social.

Na primeira afirmação, com certeza que se estava a referir em exclusivo ao povo russo. Realmente só eles é que estão convencidos que o exército russo nunca bombardeou civis. Estão convencidos disso, e também de todas as outras falsidades que ouvem da máquina de propaganda do seu governo, que por eles foi eleito por larga maioria.

Em relação à segunda afirmação, a sra. Zakharova espelha bem a arrogância russa. Nada nem ninguém poderá fazer frente ao povo russo, e nada nem ninguém poderá mudar a sua posição. Depois de tantos séculos de servidão e vassalagem a uma elite de tiranos e sanguinários, este povo já devia ter aprendido um pouco o significado da palavra humildade.

A história do país desta senhora prova o quanto frágil tem sido o seu povo. Humilhados e renegados a uma prole de servos sem quaisquer direitos por parte de dinastias de czares; vítimas da mais longa ditadura da Europa, onde foram massacrados por um regime totalitário e opressor, que assassinou o seu próprio povo, mais do que qualquer outro.

Só não sucumbiram ao inimigo nazi devido à providencial ajuda financeira e militar do “inimigo americano”. Fantoches e sonâmbulos amordaçados por uma corte de corruptos sem escrúpulos que tomaram de assalto a economia russa, com o único objectivo de enriquecimento próprio, em detrimento do bem-estar geral da população. E agora com esta agressão vil a um povo soberano, tornaram-se em função de tal ato, eles próprios o alvo de praticamente toda a toda comunidade internacional.

Os “senhores coletivos do mundo” de que fala, são na verdade, todos os povos que rejeitam em absoluto o “mundo” onde esta senhora vive. Inclusive aqueles que já estiveram debaixo do jugo do “mundo” que ela defende, e que jamais vão querer estar sujeitos a tal novamente. São povos que não foram obrigados a abraçar os valores ocidentais, eles vieram de livre vontade, e só não o fizeram antes, porque o “mundo” dela era muito mais poderoso do que é hoje.

Do mesmo modo respondemos nós sra. Zakharova: Não haverá Ivan o terrível, nem Pedro o Grande, nem Catarina II, nem Josef Stalin, nem tão pouco o pequeno Vladimir Putin, que nos submeta à condição de servos amordaçados. Nós não somos russos, não nos prestamos a esse papel. O nosso “mundo”, o ocidental, não será com certeza perfeito, longe disso, mas é com certeza, infinitamente melhor do que o seu. E acredite, dele, só queremos distância.

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